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Limpeza dos rios: é realmente possível despoluir as águas?

Ir ao banheiro e satisfazer as necessidades básicas é um hábito rotineiro e uma expressão de dignidade. É tão comum e imprescindível a presença desse cômodo nas residências de parte da população que o acesso a ele é tido como dado. Mas você sabia que, no Brasil, 5,7 milhões de pessoas não têm acesso a um banheiro exclusivo para os moradores da casa ou utilizam um buraco para fazer as necessidades? A falta dessa estrutura tão fundamental tem impactos na saúde e na qualidade de vida de milhares de famílias e comunidades do país.

Neste artigo, você vai conhecer a história do vaso sanitário. Esse é um dos componentes mais importantes do banheiro, e sua invenção foi um verdadeiro avanço no desenvolvimento do saneamento básico nas cidades. Isso porque ela possibilitou o descarte de dejetos humanos de forma eficiente para reduzir a contaminação e a ocorrências de doenças e, com isso, até aumentar a expectativa de vida da população. Continue a leitura e saiba mais!

Quem inventou o vaso sanitário e quando?

É verdade que existem registros de espécies de latrinas datadas de mais de 3 mil anos a.C. (antes de Cristo). Porém, o primeiro vaso sanitário criado na história foi inventado pelo poeta inglês John Harington, em 1596. Era algo tão especial que havia apenas duas peças: uma para a rainha Elizabeth I e outra para ele mesmo. Contudo, nessa época, a invenção não ficou tão popular.

Hoje, para muitos, o uso de um vaso sanitário para a realização de necessidades fisiológicas pode parecer óbvio, mas, ao longo da história do homem nas cidades, as diferentes culturas lidaram de forma bastante variada com a questão do saneamento e da destinação de excrementos.

Na publicação “Lixo: a limpeza urbana através dos tempos”, por exemplo, de Emílio Maciel Eigenheer, o autor comenta que as cidades italianas na era medieval dispunham de normas que definiam o destino de carcaças de animais e limites para a atividade pecuária em locais urbanos, bem como a proibição de lançamento de fezes e urinas nas ruas. Sim, esse ato imundo de lançar os dejetos pela janela, apesar de proibido, tornou-se muito comum, inclusive no Brasil, até o século 19.

No entanto, a questão é: sem vasos sanitários, como os excrementos eram descartados de modo “legal”? Em muitas cidades, os dejetos eram depositados em tonéis e direcionados ou para cloacas (espécies de fossas ou canais sanitários) ou para a adubação. As pessoas utilizavam penicos ou outros tipos de recipientes para isso. Havia também latrinas públicas com estruturas que lembram um fosso, buraco ou vala, onde as pessoas defecavam. Por exemplo, no ano 300 d.C. (depois de Cristo), o Império Romano havia disponibilizado cerca de 144 latrinas públicas que contavam com água corrente.

Eigenheer acrescenta ainda que a distinção entre fezes e lixo só começou a existir mais claramente a partir da segunda metade do século 19, de modo que eles passaram a ser coletados separadamente. E o vaso sanitário teve um papel importante na destinação diferenciada de cada tipo de material. Contudo, essa ideia não pegou assim tão fácil.

Como o uso da privada foi disseminado nas sociedades após sua invenção?

Foi com a Revolução Industrial, no século 18, que a popularização do vaso sanitário começou a ganhar força. Já com a ideia de implementar a peça em um sistema de saneamento básico, em 1775, o escocês Alexander Cumming patenteou a ideia da privada como nós a conhecemos hoje. Entretanto, foi o engenheiro mecânico Joseph Bramah que, em 1778, aperfeiçoou o projeto da bacia sanitária com uma descarga de água. Esse mecanismo permitia que os dejetos fossem eliminados por um sistema de sucção.

Contudo, foi somente no século 19 que a ideia de um vaso sanitário ligado a um sistema subterrâneo de esgotamento se concretizou. Nesse período, o tema passou a ser mais amplamente discutido. Com essas ideias inovadoras, a história do vaso sanitário começou a ganhar força na vida moderna, causando um impacto muito significativo nas cidades.

O que podemos esperar do futuro do vaso sanitário?

A história do vaso sanitário não para aqui. A tecnologia continua a avançar e surgem modelos inovadores que trazem mais higiene, conforto, economia e sustentabilidade nas funções do artefato. Confira as principais novidades a seguir — algumas delas já disponíveis no mercado!

Sem tocar a mão

Especialmente em locais públicos, o uso do vaso sanitário precisa ser feito com atenção. Um dos primeiros cuidados que muitos tomam é usar o papel higiênico para levantar a tampa da privada e depois forrá-la. Um mecanismo bastante simples inventado por dois coreanos resolve esse problema: um simples pedal pode ser acionado com o pé para levantar e abaixar a tampa, evitando que você precise encostar na privada.

Transformando adubo em combustível

Em Cingapura, um grupo de cientistas inventou um vaso sanitário que é capaz de transformar os dejetos em adubo e combustível, além de economizar 90% da água utilizada em descargas, gastando apenas 200 ml para urina e 1 litro para excrementos.

O vaso conta com dois compartimentos que recebem dejetos líquidos e sólidos separadamente pelo sistema de sucção. Daí, a urina é conduzida para um compartilhamento onde será transformada por uma mistura de potássio, nitrogênio e fósforo. Já as fezes vão para um biorreator que as transformam em biocombustível de metano, que não tem cheiro e pode substituir o gás de cozinha.

O sanitário autossuficiente de Bill Gates

Ao passo que sanitários convencionais usam água para escoar os dejetos para a rede de esgoto, o projeto financiado pelo cofundador da Microsoft promete fazer um trabalho químico para eliminar o material.

O mecanismo é simples: por meio de um conjunto de engrenagens, os dejetos sólidos caem no fundo de um compartimento, entrando em um triturador que os levam a uma câmara para serem incinerados. Os líquidos passam por uma tubulação, onde serão filtrados por uma membrana que elimina as impurezas da água.

Algumas dessas versões práticas e ecológicas ainda não estão disponíveis no mercado para o grande público, mas mostram claramente que o vaso sanitário ainda é foco de pesquisa e investimento — e pode passar por muitas evoluções.

Qual é a importância de usá-lo?

Ao longo da história (da humanidade e do vaso sanitário), ficou muito claro como a falta de saneamento básico e a destinação incorreta de dejetos foi foco de inúmeros problemas de saúde e da elevação nos índices de mortalidade nas cidades. As fezes expostas ao ar livre podem propagar mais de 50 doenças. Por outro lado, o uso do vaso sanitário é capaz de diminuir a taxa de infecções em até 40%. Esse índice é tão significativo quanto os ganhos obtidos com o desenvolvimento de medicamentos e vacinas, por exemplo.

É incrível como a história do vaso sanitário é capaz de nos ensinar lições muito valiosas sobre a importância do saneamento básico para a qualidade de vida nas cidades, não é mesmo? Reconhecemos muitos avanços até aqui, mas lutamos pela universalização do saneamento em prol de um futuro com mais saúde e desenvolvimento.

 

Fonte: https://blog.brkambiental.com.br/